sábado, 24 de dezembro de 2016

A Péssima Alimentação nas Escolas e Hospitais

Alimentação nas Escolas e Hospitais é Repleta de Industrializados



Escolas são lugares frequentados por crianças em fase de crescimento e desenvolvimento. A alimentação nas escolas precisa ser a mais densa em nutrientes possível, uma vez que será incorporada ao cérebro e todo o corpo de crianças, seres humanos em fase de desenvolvimento físico e mental, muito sensíveis a tudo aquilo que pode alterar seus hormônios, neurotransmissores e células como um todo.
Hospitais são lugares frequentados por indivíduos (inclusive crianças) doentes. A alimentação dos hospitais precisa ser a mais nutritiva possível, a fim de ajudar o organismo doente a se regenerar.
Tanto escolas quanto hospitais deveriam se preocupar ao máximo em oferecer a alimentação mais saudável possível para seus frequentadores. Alimentação nas escolas, assim como nos hospitais, é uma questão essencial – literalmente de vida ou morte.
Com tantas notícias ambíguas sobre o que é uma alimentação saudável, uma coisa é unânime para a ciência: alimentos industrializados, aditivos químicos, corantes, conservantes, emulsificantes, aromatizantes, estabilizantes, adoçantes artificiais, açúcar branco, farinha refinada e óleos oxidados não são saudáveis. Definitivamente.
E é exatamente uma alimentação baseada nos produtos acima que as escolas e hospitais oferecem: a alimentação das escolas e hospitais está repleta de bolos, bolachas, milk-shakes “químicos”, coberturas, doces de toda sorte, sucos industrializados, alimentos à base de farinha branca e açúcar refinado, ingredientes como óleos oxidados, aditivos químicos, conservantes etc.
Como é que uma escola pode ter a meta de formar indivíduos bem-sucedidos, se para ser bem-sucedido você precisa antes de mais nada ser saudável, e para ser saudável você precisa aprender a se alimentar?!!! As escolas são, ou deveriam ser, locais onde se aprende não apenas “disciplinas curriculares para passar no vestibular”, mas muito mais sobre como navegar pela vida da forma mais saudável e menos agressiva possível ao meio ambiente. Neste sentido, uma cultura de boa alimentação nas escolas teria muito a colaborar.
Como é que um hospital pode ter a meta de recuperar a saúde das pessoas, se oferece alimentos industrializados que roubam nossa energia e prejudicam nossa saúde? Como pode a alimentação de hospitais ser repleta de “produtos alimentícios” refinados, desvitalizados, processados industrialmente?
Certa vez, troquei emails com uma nutricionista responsável pelos lanches de uma escola particular de educação infantil e ensino fundamental (considerada “boa” e cara) de São Paulo – lanches estes à base de pão francês, pão de forma, bolachas, carnes embutidas, geleia industrializada, suco industrializado, bolos, caldas, e nem sequer uma fruta fresca. Sabem o que ela escreveu diante do meu questionamento? Que prioriza alimentos naturais e não refinados em seus cardápios! É tão fácil fazer um discurso politicamente correto repleto de palavras frases de efeito! E o pior é que os pais se encantam com essas palavras e frases bonitas, esses chavões do tipo “a escola tem um olhar assim e assim sobre tal e tal tema”, “a escola tem 3 nutricionistas a cargo da alimentação” (como se isso fosse garantia de alimentação isenta de industrializados e refinados, óleos e gorduras vegetais oxidados, bebidas açucaradas etc).
Claro que todas as nutricionistas competentes que conheço ficaram tão indignadas quanto eu, quando mostrei a elas o email com essas afirmação associada àquele cardápio de lanches escolares.
Ora, a ingestão de “calorias vazias”, como as que enumerei acima, rouba do organismo das nossas crianças vitaminas do complexo B, necessárias para a absorção destas calorias vazias. Na verdade, rouba espaço para todos os nutrientes que poderiam ter sido ingeridos se não houvesse essa péssima alimentação nas escolas. O mesmo se dá para a péssima alimentação nos hospitais.
A ingestão de alimentos à base de farinha branca e outros produtos refinados está associada a um risco aumentado de obesidade e diabetes. Mais perverso ainda é o fato que eles são fáceis de pegar, comer, possuem sabor agradável e causam saciedade muito passageira.
A ingestão de alimentos à base de farinha branca também está associada a um risco aumentado de cáries dentárias.
As empresas de panificação lançam mão de toda sorte de produtos químicos no intuito de fabricar pães que atendam a uma série de aparentes conveniências, como por exemplo, prolongar a “vida de prateleira”, manter uma aparência de “frescor”, criar uma crosta bem crocante e alaranjada, tornar o processo de produção mais “confiável”, “melhorar” a textura da massa, minimizar a contaminação por microorganismos indesejáveis, etc.
Para obter essas “conveniências”, as empresas de panificação costumam lançar mão de produtos nada saudáveis, como bromatos, usados para “melhorar” a farinha e que são tóxicos porque podem interferir com o metabolismo do iodo causando problemas na glândula tireóide, além de poderem causar câncer. Sim, os bromatos estão proibidos por Lei brasileira desde o início do Século 21, mas quem garante que seu uso não ocorre de maneira clandestina? Há que se ter cuidado para que esse veneno não chegue às nossas crianças. Nem aos nossos doentes nos hospitais. E o melhor cuidado é não oferecer o pão industrializado de procedência que você não conheça ou possa garantir.
Outro exemplo são as margarinas, também conhecidas como gorduras vegetais, fontes de gorduras oxidadas e deformadas – e sim, até mesmo trans –, que podem causar toda sorte de prejuízos à nossa saúde e que são utilizadas quase que obrigatoriamente pelas panificadoras para prolongar a “vida de prateleira” de seus maravilhosos pães, bolachas, pães-de-queijo, bolos etc.
O cardápio dos lanches da maioria das escolas está excessivamente monótono. Quase todos os dias pão branco, bolacha ou bolo ( que se compõe de farinha refinada + açúcar refinado), quase sempre acompanhados de ingredientes industrializados como requeijão ou geléia – e nada de frutas frescas. Com a enorme disponibilidade de frutas frescas, in natura, que temos no Brasil, cada vez menos o cardápio das escolas tem oferecido frutas frescas!!! Mais se parece um cardápio de algum país gelado, sem muitas opções de frutas e com uma indústria alimentícia próspera que NA MINHA OPINIÃO PAUTA, SIM, as tabelas e diretrizes nutricionais que mais lhes convêm para serem seguidas por TODOS, inclusive pelo Brasil, país onde facilmente se encontram frutas in natura. De que outra forma explicar a ausência cada vez maior de alimentos in natura nos lanches das escolas? Na minha cartilha, alimentos in natura são mais saudáveis, nutritivos e adequados a crianças pequenas que “produtos alimentícios” industrializados e refinados. Cada vez mais raramente vejo frutas, muito menos um iogurte natural e integral, no cardápio de escolas e hospitais. Será que nossas crianças e doentes não precisam de probióticos no lanche?
Ingredientes Ocultos na Alimentação das Escolas e Hospitais
Todos esses pães e bolos, por sua vez, levam margarina ou “gordura vegetal” à base de óleos vegetais os mais ordinários, altamente refinados, interesterificados e consequentemente oxidados, leite reconstituído, vitamina A sintética, mono e diglicerídios (que por uma brecha legal PODEM conter ácidos graxos trans, pois apenas triglicerídios são legalmente considerados como ácidos graxos, inclusive para fins de contagem calórica), lecitina de soja (quase sempre transgênica), benzoato de sódio (que na presença de ácido ascórbico, conservante presente em outros alimentos e também conhecido como vitamina C, se transforma em benzeno, conhecido agente cancerígeno), TBHQ ou butil hidroquinona terciária (que ativa o gene da tioredoxina, substância envolvida no crescimento celular e apoptose – Biochem J. 01/09/2006; 398(Pt 2): 269–277), aroma “idêntico ao natural” de manteiga, entre outros.
Bolachas Industrializadas nas Escolas e Hospitais
Bolachas industrializadas levam, além da gordura vegetal acima, açúcar invertido (ingrediente de altíssimo índice glicêmico que requer a produção de altos picos de insulina pelo pâncreas), xarope de milho de alto teor de frutose (que além de sobrecarregar o pâncreas satura a via metabólica da glicose, pois a frutose-1-fosfato produzida a partir da frutose por ação da frutoquinase hepática gera metabólitos a jusante do passo metabólico regulatório no nível da fosfofrutoquinase – o que significa que as vias que seriam naturalmente moduladas/retardadas por intermediários energéticos que afetam os níveis de fosfofrutoquinase NÃO são moduladas pela frutose), amido, fermento químico, lecitina de soja, enzimas como protease e alfa-amilase (produzidas a partir de microorganismos geneticamente modificados) etc.
Escolas e Hospitais Oferecem Sucos Industrializados
Sucos industrializados podem conter açúcar, fosfato de potássio monobásico, cloreto de sódio (sal), ácido cítrico, benzoato de sódio, sorbato de potássio, “aroma idêntico ao natural” da fruta, reguladores de acidez, corantes artificiais (ex: “vermelho-bordeaux”, “azul brilhante”, etc), antioxidante (ácido ascórbico) (que reage com o benzoato de sódio produzindo benzeno, cancerígeno), extrato de soja (transgênica) etc.
Geléias Industrializadas no Cardápio de Escolas e Hospitais
Geléias industrializadas podem conter xarope de milho de alto teor de frutose, carragena [cancerígeno de acordo com Environ Health Perspect 109:983-994 (2001)], ácido cítrico, benzoato de sódio, essência artificial de fruta, corantes artificiais potencialmente alergênicos, tartrazina etc.
Nitritos e Glutamato Monossódico
Salsichas e peito de peru, que podem constar no cardápio do lanche dos nossos filhos e dos nossos doentes hospitalizados, são carnes embutidas, altamente industrializadas e nada naturais que contêm nitritos (que no intestino formam nitrosaminas, cancerígenas) e glutamato monossódico.
Os Ingredientes Artificiais Interagem Entre Si
Vimos acima o caso da interação entre o benzoato e o ácido ascórbico, transformando-se em benzeno (cancerígeno). Mas saiba que praticamente não se tem idéia de todas as possíveis interações e consequências, entre tantos e tantos produtos químicos que se encontram em tantos e tantos “produtos alimentícios” diferentes.
Até que ponto se pode garantir que uma dor de cabeça crônica, uma síndrome da fadiga crônica, uma asma, uma síndrome do intestino irritável, uma alergia recorrente, uma doença autoimune, um câncer, não possam decorrer de uma sensibilidade química apresentada por um determinado indivíduo?
Você Pode Mudar Este Cenário!
Se as “autoridades de saúde” não estão tomando as devidas providências, isso não significa que você deve ficar aí parado. Não espere alguém fazer alguma coisa. Faça você. Leia mais. Informe-se. Estude. Questione. Dê o exemplo em casa antes de mais nada. Exija cardápios naturais, isentos de produtos industrializados, refinados, oxidados e artificiais, no lanche e/ou refeição de seu filho na escola. Junte-se a outras pessoas que pensam como você. A união faz a força. Exija cardápios naturais para seus entes queridos hospitalizados. Se uma boa parte dos consumidores exigir um determinado padrão, um segmento do mercado passará a oferecê-lo. E lembre-se que afinal, você não estará exigindo nenhum absurdo – apenas alimentos in natura nas escolas e hospitais, como carne fresca, frutas e verduras frescas, ovos frescos, enfim, alimentos que sempre estiveram associados à boa saúde desde o início da Humanidade.
Fonte: http://www.medicinadoestilodevida.com.br/alimentacao-escolas-hospitais/

Oxigenar Chá é Fácil e Realça o Aroma e Sabor

O sabor e aroma do chá aumentam com o processo de oxigenação, incrivelmente simples porém ainda muito pouco utilizado no nosso meio. Quanto mais você agitar o chá, mais oxigênio livre (da atmosfera) se solubilizará à água (a qual perdeu esse oxigênio para a atmosfera com o aquecimento). O oxigênio livre, dissolvido na água, é reativo e extrai mais substâncias aromáticas das folhas (ervas) do chá, tornando-o, portanto, muito mais delicioso em comparação àquele chá servido sem este cuidado. O chá que estou servindo neste vídeo é de folhas frescas de hortelã. O vídeo é de poucos segundos de duração e mostra como oxigenar o chá na hora de servir. Para oxigenar o chá, basta despejar afastando o quanto mais o bule da xícara. Caindo de uma altura maior, o chá cria uma “turbulência” na xícara, onde se formam bolhas de ar, permitindo que o oxigênio do ar penetre e se dissolva no chá.

Aviso: gotículas de chá irão certamente cair para fora da xicara à medida que você despeja de uma boa altura. Leve isso em consideração e mantenha o procedimento à distância de sua roupa e outras pessoas. 

Oxigenando o chá, o sabor é realçado e torna a sua experiência de tomar chá ainda mais deliciosa.
Procure trocar o hábito do café pelo de chá. Tomar regularmente um chá de erva não estimulante do cérebro (como chá de hortelã, cidreira, camomila, alecrim, manjericão, melissa) é muito mais saudável que tomar regularmente café ou mesmo chá estimulante (ex: chá mate, verde, branco, preto). Aguarde maiores explicações para um próximo artigo, mas por enquanto basta dizer que o uso habitual de estimulantes do cérebro não combina com o dia-a-dia do mundo contemporâneo, já repleto de fatores estimulantes para nosso sistema nervoso. Mais ainda caso você sofra de dores de cabeça (clique aqui para ler um artigo a respeito disso). Mas relaxe, não estou dizendo para jamais tomar café – só sugerindo que o melhor seria não tornar o café um hábito quotidiano, mas sim uma indulgência ocasional.
Prefira tomar chá de folhas frescas àquele de folhas secas vendido em saquinhos (sachês). As folhas secas concentram o agrotóxico (veneno) utilizado no cultivo das folhas, em até 10 vezes, comparado às folhas frescas. Além do mais, no caso das folhas secas existe a possibilidade de ter sido acrescentado algum produto químico, por exemplo, aromatizantes e até mesmo glutamato monossódico!
Chá de hortelã, por exemplo, é fácil até mesmo de encontrar em qualquer restaurante ou casa de café. Pode ser que a casa tenha por padrão servir o chá de saquinho, mas nada impede que você pergunte se é possível que seu chá seja das folhas frescas – que provavelmente estão na cozinha para temperar outros alimentos.
Com o bule e a xícara à sua frente, não deixe que alguém sirva seu chá. Faça-o você, pois dessa forma você garante que irá oxigená-lo, desepejando o chá com o bule a uma boa altura da xícara e, assim, irá deixar seu chá mais gostoso, além de criar e reforçar um novo ritual na sua vida – tomar e servir para seus amigos um belo chá. No verão, sirva resfriado ou à temperatura ambiente, com uma ou duas pedras de gelo.

Chá Com Açúcar ou Adoçante Não Combina e Não Faz Bem

Chá é um paladar adquirido, assim como cerveja, whisky, vinho. Ou seja: você não nasce gostando, mas aprende a gostar. Da mesma forma que não se põe açúcar  ou adoçante no vinho, cerveja e whisky, não se deve por açúcar ou adoçante no chá. Se seu chá de hortelã, alecrim, manjericão (e até chá verde) está amargo, é porque o preparo foi inadequado – provavelmente a temperatura da água estava muito alta, liberando da folha compostos químicos chamados taninos que amargaram o chá. (Re)Aprenda a degustar seu chá ao natural, sem açúcar ou adoçante, para o bem do seu paladar e saúde.
Fonte: http://www.medicinadoestilodevida.com.br/cha-oxigenado/


sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

O Chi Kung da Respiração Interna

Texto de Michael Winn
Existem literalmente, milhares de técnicas de respiração ensinadas pelas diversas tradições espirituais de todo o mundo. Existem muitos livros que ensinam a respirar e o que fazer com a sua respiração. A respiração é usada para diminuir o stress, para a cura de problemas psicológicos e para renascer.

O Chi Kung taoista (se escreve também “Qigong”) usa a respiração de uma forma bem diferente das muitas técnicas de respiração orientais. Se você for para a India poderá observar que a maioria dos métodos de respiração, são classificadas ali como pranayama, método que pratiquei durante muitos anos até descobrir o taoista. As escolas de Yoga procuram usar métodos mentais de controle da respiração. No método taoista a forma de controle é bem diferente: não há contagem numérica ou o uso de certos ritmos e nem formas de ensinar á inteligência dos pulmões como ele deve respirar. O Objetivo dos métodos taoistas é cultivar a capacidade natural e espontânea, a inteligência do corpo e do “espírito dos pulmões”, para que atinjam níveis profundos da respiração natural. O significado básico da palavra Chi (ou Qi) é “respiração sutil”.
Se você praticar os exercícios que chamo de Chi Kung Fundamental, aprenderá a fazer os seis sons que curam dos animais, que são em essência técnicas de respiração. Esta técnica ensina os órgãos internos a se abrirem e a aprenderem a respirar. Aprendemos que a respiração não está limitada aos pulmões, que o fígado, o baço e os rins também respiram de uma forma sutil, percebida como uma pulsação regular e diferente, acontecendo dentro do corpo de uma forma energética e física. Este método de respiração Chi, concentra-se na expiração que relaxa, limpa e liberta.
Usamos também a respiração da pele – que acontece quando você respira através dos poros da pele. Este método precisa de um treinamento energético e considera a pele como uma extensão externa da membrana dos pulmões. Eles se tornam, energeticamente falando, um único órgão. Dentro da tradição taoista, existem muitos métodos diferentes de respirar e isto é uma de suas características básicas. Para os taoistas, a respiração ativa e expressa as funções rítmicas Yin e Yang do corpo. Eles usam estes ritmos energéticos do corpo, como meios de comunicação com o corpo do Tao, que se manifesta na natureza viva ou cosmos.
Uma dos meus métodos favoritos de respiração do Chi Kung é o que chamo de “a respiração do oceano”. Neste método você cria uma ressonância rítmica entre sua respiração física e o movimento das ondas do oceano. Este movimento se torna um tipo de “respiração interna do Chi” porque a mente se concentra num movimento de ondas que acontece profundamente dentro dos principais canais de energia do corpo.
Antes de buscar novas praticas de respiração deveríamos nos perguntar o que é a respiração? O que significa respirar? As pessoas sempre acreditam em falsas definições sobre isto. O Chi Kung taoista sempre usa movimentos e técnicas diferentes para ativar a respiração natural de todo o corpo. Quando você aprende através do movimento, o corpo se lembra e aprende de uma forma mais profunda. Porque o movimento é algo que o corpo faz o tempo todo. E enquanto nos movimentamos e pulsamos, todo o corpo respira como um bloco único. Construir a unidade corporal é um pré-requisito para construirmos a unidade consciente de nosso ego fragmentado. Este é o ponto fraco de nossa psicologia ocidental, a não compreensão da inteligência e do potencial do corpo para integrar o ego.
Quando falamos sobre a respiração precisamos distinguir entre a respiração interna e a externa. A respiração externa é o nível físico de oxigênio que entra e sai dos pulmões. Mas atrás deste movimento de ar que entra e sai do corpo se esconde uma pergunta: quem ou o que controla o movimento no processo da respiração? Algo causa o movimento dos pulmões. Chamar isto de “ sistema nervoso autômato do corpo”, não responde a esta questão, apenas esconde o problema debaixo de uma linguagem mecanicista. Há uma espécie de inteligência atuando no processo da respirar, que estamos interessados em conhecer. Estamos interessados em saber: “Como esta inteligência funciona?” Como ela decide quando e como devemos respirar? A resposta a esta questão nos leva a muitas outras questões sobre energias sutis e espirituais. O estudo do Chi Kung (qigong) e do Neidan kung (neidangong), ou da Alquimia Interna Taoista, pode nos trazer respostas profundas a estas questões.
O método interno taoista da respiração interna Chi, que aprendi e refinei durante vários anos, é o método de respiração mais poderoso dos que já experimentei e testei, nas diferentes tradições que conheci. Isto porque é o que mais se harmoniza com os movimentos essenciais da força da vida. Toda forma de Chi Kung é em essência, um método de cultivar a nossa relação com a força da vida, com a pulsação do campo de Chi, que existe infinitamente a nossa volta e em todas as direções.
O campo do Chi Interno se estende de dentro de nós infinitamente para todas as direções e dimensões internas. Ele trabalha esta relação entre os campos de chi interno e externo, usando o Nei Kung, “a respiração da mente”, coordenada com o movimento do Chi Kung e a respiração física.
A força da vida ou a função dos campos de energia Chi, “respiram” por 3 vias, chamadas pela cultura tradicional chinesa de yin, yang e yuan. Estas palavras de difícil tradução, se referem à força positiva, negativa e neutra. Yuan também significa “Chi Original” ou respiração original. O Chi Yin, na respiração, é a energia do Chi se movendo para dentro, é a inspiração e a contração. O Chi Yang é a expiração, a expansão o exalar. O terceiro tipo de energia, yuan, a energia neutra e original do Chi, poderia ser comparada de uma forma grosseira ao espaço, entre a inspiração e a expiração quando nos referimos a respiração.
Sendo assim, estamos em verdade, nos relacionando com a força da vida a cada respiração, porque ao respirar estamos inspirando, expirando e fazendo uma pausa entre ambas, mesmo que seja uma pausa curta. Nossa natureza intima, a forma com que fomos criados para respirar, espelha a estrutura de movimento da força da vida agindo dentro de nós. Sendo assim, realizar a respiração interna do Chi não é nada novo, e sim, algo que nos ensina a compreender profundamente o que realmente estamos fazendo a cada respiração.
Devemos nos perguntar, o que é exatamente “a respiração interna Chi” ? Compreender isto é compreender a relação entre a respiração física e a respiração de nosso corpo energético. Nosso corpo energético é, nada mais, do que a soma total de todos os nossos canais de energia e toda a energia sutil de nossa mente/corpo e suas funções, que formam os traços de nossa personalidade. A maioria das pessoas não tem consciência desta relação porque vivem olhando o mundo como um mundo material cheio de coisas sólidas. Eles não olham o mundo como um processo energético. Quanto mais fundo você for na forma de olhar o mundo do Chi Kung, vai perceber mais o mundo como um campo de energia mutante. Vai perceber que o seu corpo e a sua respiração não são coisas diferentes.
Os processos do mundo físico estão relacionados aos campos de energia. Os padrões de energia é que determinam os padrões de sua respiração física, e não o contrário. Você pode mudar o padrão de sua respiração, mas para fazer isto, você precisa já ter feito a mudança no seu padrão energético. A mudança energética sempre precede a mudança do padrão de sua respiração física.
Quando falamos em respiração interna Chi, estamos realmente falando em algo mais sutil do que o ar que entra e sai do pulmão. Você pode chamar este campo de energia Chi de mente, ou de matriz da mente , você pode chama-lo do que quiser, mas este campo está vibrando o tempo todo e pulsando como tudo que existe no universo. Ele precisa estar sempre em movimento. Se este campo de energia para, é a morte. Isto não significa que se você tiver uma respiração física difícil você está perto de morrer. È possível se ter uma respiração fisica fraca e uma respiração Chi bem profunda. Isto não é muito comum para a maioria das pessoas. A maioria que respira mal, tem também um movimento ruim de energia no corpo. Está não é uma boa condição de saúde, a inteligência de seus órgãos se ressente com esta condição e começa a apresentar problemas externos, implorando pelo ar, começam a chorar pedindo ar e um grande números de problemas físicos começam a aparecer.
A respiração interna Chi cura todos estes problemas na mesma proporção em que surgiram, unificando a respiração física com a respiração sutil. A melhor forma de conseguir isto é encontrar um professor de Chi Kung, que saiba ensinar esta prática. .
Terminando vou ensinar uma prática simples de respiração: A respiração do oceano:
Em pé com os pés abertos na mesma distancia dos ombros. Relaxe a sua respiração, sorria e leve a sua atenção para o centro do corpo, para o nível do umbigo.
Balance o corpo suavemente, inspire enquanto balança para frente, colocando o peso do corpo sobre a frente da sola dos pés, e expire enquanto balança para trás, colocando o peso do corpo no calcanhar.
Quando inspirar, levante os braços levemente para cima, como se estivesse imitando as ondas. Quando expirar, deixe seus braços caírem suavemente. Suas mãos não tocam no corpo neste exercício, mas você pode imagina-las pulsando e criando uma bola de energia que irradia de seu umbigo.
Assim que sentir a sensação de onda crescendo, sinta-a penetrando profundamente em seu corpo, na dimensão interna do corpo, e pulsando novamente de volta para fora do corpo. Sinta esta onda se expandindo para fora, para além de seu corpo, para tão longe quanto consiga ainda sentir a sua pulsação. Pratique o tanto que quiser e se sentir bem. Você vai se sentir muito relaxado e energizado com este exercício.
Quando terminar. Cubra seu umbigo com as mãos e preste atenção na vibração sutil e na sensação morna pulsante da energia fluindo em seu corpo.

Fonte: http://healing-tao.com.br/o-chi-kung-da-respiracao-interna/

Aulas de Chi Kung / Qi Gong
Segundas/Quartas/Sextas - 9h às 10h / 18:30h às 19:30h
Venha fazer uma aula experimental (sem compromisso)
Informações: (11) 2967-0598 ou 3926-0599
Rua Dias da Silva, 1158 - Vila Maria - SP
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FENG SHUI no Instituto TAO

Sendo um dos pilares da Medicina Tradicional Chinesa, o Feng Shui trabalha o equilíbrio energético dos ambientes para melhorar a qualidade de vida dos moradores e pessoas que frequentam o local. A proposta da técnica é fazer circular a energia, pois um ambiente com a energia estagnada, prejudica quem o frequenta, principalmente quando a pessoa(s) permanece muito tempo no local, é o caso de casas e ambientes de trabalho. Uma energia estagnada, provoca doenças físicas e ou emocionais, além de em ambientes de trabalho a diminuição de clientes e consequentemente a queda na arrecadação financeira.
Fazer Feng Shui no local, é fazer prosperar a vida de quem o frequenta.

domingo, 4 de dezembro de 2016

Transtorno Alimentar na infância

Olá pessoal!!!

Nesta sexta-feira que passou, dia 28 de outubro, a modelo Carolina Bittencourt liderou uma passeata contra a anorexia intitulada "Marcha das Famintas". Muito legal a iniciativa. No mesmo dia, ouvi pelo rádio sua entrevista na rádio Joven Pan, contando um pouco da sua motivação, citou estudos e falou sobre transtornos alimentares. Citou também uma das meninas internadas no HC com anorexia, com apenas 8 anos. Isso é muito, muito triste!
Transtornos alimentares são assuntos tristes, às vezes obscuros. A falta de informações podem piorar ou "deixar de previnir" alguns casos. Pensando nisso, convidei uma colega nutricionista para escrever um texto aqui pra gente! Fique à vontade Ana Carolina!!



Prevenção conjunta de obesidade e transtornos alimentares na infância e na adolescência: é possível?
            Nos dias de hoje, a obesidade tem ocupado lugar de destaque na mídia e na ciência. A questão é ainda mais preocupante quando se trata de crianças e adolescentes, por isso existem inúmeras estratégias de prevenção de obesidade nessa faixa etária. Só que existem outros problemas relacionados ao peso corporal que muitas vezes acabam sendo esquecidos ou subestimados: os transtornos alimentares.
            Transtornos alimentares são doenças psiquiátricas caracterizadas por profundas alterações no comportamento alimentar e nos comportamentos que visam controle de peso e forma corporal, levando o organismo a um funcionamento debilitado e inúmeras complicações. Os transtornos alimentares incluem a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e os transtornos alimentares não especificados.  Sua etiologia é multifatorial, ou seja, são originados através da interação de vários fatores, não se tem uma única causa. Alguns destes fatores incluem a predisposição genética e a história familiar de transtornos psiquiátricos, a valorização do ideal magro de beleza e a prática de dietas.  Nas crianças e adolescentes, complicações comuns destas doenças incluem prejuízo no crescimento, retardo na maturação sexual e ausência de menstruação nas meninas, prejuízos dentários, constipação ou diarréia, cansaço e alterações cardiovasculares.
            É importante que os pais e familiares estejam atentos a alguns sinais típicos que podem indicar a presença de transtornos alimentares, pois raramente a criança ou adolescente vai se queixar disto, afinal, acreditam que devem fazer de tudo para serem magros. Estes sinais incluem: prática de dietas e restrição de alguns alimentos que antes eram aceitos; perda de peso sem motivo aparente; queda acentuada de cabelos; ausência de crescimento;  recusa em sair de casa e se alimentar junto com a família; atitudes negativas em relação ao peso atual; beber muito líquido nas refeições e com isso comer pouco; ir frequentemente ao banheiro logo após se alimentar. Caso notem esses comportamentos e atitudes, os pais devem buscar ajuda especializada.
Prevenção conjunta de obesidade e transtornos alimentares: é possível?
Sim! Estudos atuais dizem que a prevenção conjunta de obesidade e transtornos alimentares não só é possível como é desejada. Algumas estratégias de prevenção incluem:
1. Desencorajar a prática de dietas. Ao invés disso, encorajar e favorecer uma alimentação saudável, em que não existem alimentos “permitidos” e “proibidos”, e encorajar também a prática de atividades físicas que as crianças e adolescentes gostem. Como já foi dito, dietas são fatores de risco para transtornos alimentares e podem levar ao ganho de peso a longo prazo, já que aumentam o risco de compulsão alimentar.
2. Promover uma imagem corporal positiva. Precisamos parar de achar que a insatisfação corporal é uma boa motivação para a mudança. Pense num carro: se você gosta dele, você cuida, dirige com cuidado, faz revisões frequentes... Já quando você não gosta do carro, nada disso é feito, certo? O mesmo vale para o nosso corpo. Enquanto eu não respeitá-lo e valorizá-lo, o mínimo que seja, não terei motivação e prazer em cuidar dele (me alimentar de forma saudável, praticar exercícios que me façam sentir bem...). Os pais devem ser o exemplo de como manter uma imagem corporal positiva, e isso significa, por exemplo, parar de fazer comentários depreciativos sobre o próprio corpo e sobre o corpo dos filhos.
3. Encorajar a realização de refeições em família. Quanto mais frequentes e mais agradáveis, melhor. Pesquisas recentes mostram que o hábito de comer em família está relacionado a um melhor consumo alimentar em adolescentes, além de ser um fator protetor para alimentação transtornada e para comportamentos extremos de controle do peso.
Importante ressaltar que um estilo de vida saudável deve incluir comportamentos que conseguimos manter a longo prazo, mudanças radicais e temporárias não são positivas. Além disso, crianças aprendem a partir de exemplos, então os pais devem acima de tudo melhorar a sua própria atitude diante da alimentação e do corpo para poderem efetivamente beneficiar seus filhos.

            Ana Carolina Pereira Costa é nutricionista clínica e atua na equipe de Nutrição do Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares do Hospital das Clínicas de São Paulo (AMBULIM – IPq – HCFMUSP). É colaboradora do Grupo Especializado em Nutrição e Transtornos Alimentares (GENTA) e associada da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO). É nutricionista voluntária da ADJ/Diabetes Brasil e autora do blog “O corpo é meu!” (http://ocorpoemeu.blogspot.com/). 
Fonte: http://nutricionistainfantil.blogspot.com.br/2011/10/transtorno-alimentar-na-infancia.html

Conheça os 10 princípios do comer intuitivo

Comer com atenção plena é saber conhecer os sinais de fome e saciedade


As americanas Evelyn Tribole (convidada internacional do 2º simpósio de Nutrição Comportamental) e Elyse Resch falam sobre a importância de comer em resposta aos sinais de fome e saciedade, de se permitir comer qualquer alimento e de se alimentar principalmente por razões físicas. Autoras do livro Intuitive Eating, elas propõem 10 princípios para o que chamam de comer intuitivo.


1) Rejeite a mentalidade da dieta
Esqueça livros de dieta e artigos de revista que ofereçam a falsa esperança de perda de peso rápida, fácil e permanente.
2) Honre sua fome
Mantenha seu corpo alimentado com energia suficiente. Se deixar atingir o ponto máximo da fome, todas as tentativas de moderar e comer conscientemente podem se tornar ineficazes.
3) Faça as pazes com a comida
Se você disser que "não pode" ou que "não deve" comer determinado alimento, isso poderá intensificar os sentimentos de privação e gerar vontades incontroláveis. Esse tipo de comportamento costuma levar a compulsões alimentares.
4) Desafie o "policial da comida"
Diga "não" aos pensamentos que falam que você é "bom" quando come o mínimo de calorias ou "ruim" porque você comeu um pedaço de torta de chocolate. Espantar o "policial da comida" é um importante passo para se reconectar com o comer intuitivo.
5) Respeite sua saciedade
Escute quando os sinais do seu corpo disserem que você ainda não está satisfeito ou o contrário. Pare na metade da refeição e se pergunte qual é o sabor da comida e como anda o seu nível de saciedade.
6) Descubra um momento de satisfação
Quando você come o que realmente quer, em um ambiente convidativo, a satisfação promovida se tornará uma força poderosa na percepção da saciedade e do contentamento.
7) Honre seus sentimentos sem a comida
Encontre maneiras de alívio, estímulo, distração e resolva seus problemas sem usar a comida. Ansiedade, solidão, tédio e raiva são emoções que todos nós vivenciamos ao longo da vida. Cada uma delas tem seu próprio início e fim. A comida não consertará nenhum desses sentimentos.
8) Respeite seu corpo e aceite sua genética
Fica muito difícil rejeitar a mentalidade de dieta se você tem expectativas fantasiosas e é extremamente crítico com relação a sua forma corporal. Respeite-a e, então, você poderá se sentir melhor consigo mesmo.
9) Exercite-se
Seja ativo e sinta a diferença. Mude o foco para como você se sente movendo o seu corpo, em vez de quantas calorias você gasta fazendo o exercício. Se, quando você acorda, a sua única meta é perder peso, não haverá motivação suficiente para sair da cama.
10) Honre sua saúde
Usar os conhecimentos nutricionais de forma flexível permite que você faça escolhas alimentares que honrem sua saúde enquanto faz você se sentir bem. Ninguém precisa de uma dieta perfeita para ser saudável. Você não ficará repentinamente com alguma deficiência nutricional, ou ganhará peso em um único lanche, em uma única refeição, ou em um único dia.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/noticia/2015/07/conheca-os-10-principios-do-comer-intuitivo-4799204.html 

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Por que precisamos fazer as pazes com a comida

Estratégia da nutrição comportamental busca, por meio de mudanças de comportamento, tornar menos conflituosa a relação com a comida e promover maior adesão a uma alimentação saudável


Se assumimos um casamento com a comida antes mesmo de nascer, em contrato de "até que a morte nos separe", não faz sentido que essa seja uma relação conflituosa, de neurose, fobia e angústia. Ao acreditar que é preciso retomar o prazer em comer e incentivar nutricionistas a adotarem técnicas mais eficientes que guiem as pessoas rumo à tomada de consciência sobre a relação que estabelecem com a alimentação, foi lançada no Brasil a estratégia Nutrição Comportamental.

Segundo a iniciativa, idealizada pelo Grupo Especializado em Nutrição, Transtornos Alimentares e Obesidade (Genta) e a Equilibrium (empresa com foco em comunicação em saúde e nutrição e qualidade de vida corporativa), ambos de São Paulo, existe um paradoxo de que, quanto mais tipos de dietas surgem, mais os índices de obesidade e sobrepeso crescem. Um dos motivos seria porque a capacidade de o paciente aderir a uma orientação alimentar tem sido prejudicada pela falta de atenção ao comportamento que ele tem em relação à comida.
Para Cynthia Antonaccio, nutricionista fundadora da Equilibrium, a alimentação diz muito sobre quem nós somos, o que vivemos e nossas experiências prévias:
— Por isso o nutricionista precisa de habilidades de comunicação para enxergar essa pessoa como um ser holístico, que tem medos, históricos, relacionamentos difíceis.
No mundo todo, 39% das pessoas com mais de 18 anos estão acima do peso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A nutricionista Marle Alvarenga, mestre e doutora em Nutrição Humana Aplicada pela Universidade de São Paulo (USP) e uma das coordenadoras do Genta, pensa que esse cenário não vai mudar enquanto as pessoas continuarem adotando dietas restritivas e de prescrição do tipo "faça isso", "não faça aquilo".
O conceito não é exatamente novo. Com larga experiência no tratamento de transtornos alimentares, em que o pode ou não pode é ineficaz na conduta, Marle e Cynthia perceberam que algumas estratégias poderiam ser usadas com outros pacientes e, dessa forma, aumentar a adesão deles a um comportamento saudável mais duradouro.
— O nome (nutrição comportamental) não é exatamente uma criação nossa, mas não aparecia no Brasil dessa forma. Então, algumas pessoas vão se identificar com as técnicas. O que ocorre é que a gente resolveu trabalhar com isso de uma forma mais sistematizada — afirma Marle.
Por isso, o movimento já fez um simpósio no ano passado e se encaminha para o segundo, em 14 e 15 de agosto, em São Paulo, voltado para profissionais da nutrição. Um livro também será lançado até o mês que vem.
A vice-presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Estado (CRN2), Carmem Kieling Franco, também concorda que trabalhar com escolhas junto ao paciente tende a aumentar muito a adesão.
— Nós, do CRN2, entendemos que isso é uma estratégia muito válida e que, via de regra, tende a ser duradoura. Mas temos compreensão de que alguns públicos precisam de estratégias diferentes — pondera, em relação a pessoas que apresentam doenças que dependem de restrições, do "pode e não pode".
O prazer em comer
Imagine aquele pedaço de bolo na comemoração do trabalho, o brigadeiro que só a avó faz ou aquela iguaria típica encontrada na viagem de férias. O que a Nutrição Comportamental prega é que ninguém precisa sair correndo quando dá de cara com esse tipo de delícia. Nem sentir culpa por saboreá-las.
— Nos preocupa muito que a comida se tornou um problema para as pessoas. A gente vai ter de comer até o último dos nossos dias, é preciso que se tenha uma relação adequada com isso — diz Marle.

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Para Carmem, ninguém precisa chegar ao ponto de levar o próprio lanche para um evento, por exemplo:
— Na hora da festa, é pensar o que escolher, o quanto comer.
E isso tudo se trabalha a partir do comportamento, de tentar entender os sinais internos do corpo, o chamado comer intuitivo, um dos pilares da Nutrição Comportamental.
— Comer com atenção plena é saber conhecer os sinais internos de fome e saciedade. Dessa maneira as pessoas começam a pensar no alimento, além das calorias. A autopercepção também é permeada pela sensação do que lhes faz bem ou mal, o que meu corpo pede em um dia frio ou quente, a quantidade que ele precisa quando gastei mais ou menos energia — explica a nutricionista Fernanda Timerman, também coordenadora do Genta e idealizadora do movimento.
Classificação inadequada
Uma grande preocupação dessa linha trata das classificações e listas de alimentos saudáveis ou não, bons ou maus, proibidos ou liberados. Tudo tem de ser pensado individualmente, apostam as especialistas.
— Incomoda esse olhar de hoje para a comida em que as pessoas estão neuróticas, e existem profissionais que fazem essa classificação entre saudáveis e não saudáveis, entre pode e não pode. Existem publicações da Academia Americana de Nutrição dizendo, textualmente, que é errado classificar os alimentos em bons e ruins — ressalta a nutricionista Marle Alvarenga.
A nutricionista Desire Coelho, com experiência em nutrição esportiva, lembra que, nessa nova era fitness, todos querem emagrecer e tem aumentado os casos de transtornos alimentares. Desse modo, a abordagem comportamental permite entender as necessidades de cada pessoa e, se necessário, indicar algum suplemento ou dieta mais prescritiva, saber como orientá-la sem correr o risco de agravar um quadro de risco:
— Sabemos que são raros os atletas que precisam de suplementos ou uma dieta mais restritiva. O importante é saber como abordar cada tema, é um acompanhamento totalmente individualizado.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/noticia/2015/07/por-que-precisamos-fazer-as-pazes-com-a-comida  
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Causas da obesidade infantil – Respeite a fome do seu filho!

A maioria dos programas de “combate” à obesidade infantil incentiva as crianças a “fechar a boca e malhar”, ou seja, é a responsabilidade da criança reduzir o que ela come e aumentar exercício físico com a ajuda dos adultos ao seu redor. Podemos ver que essa abordagem não tem funcionado, surge também como uma das causas da obesidade infantil, e existem razões para isso.

A criança é vítima do seu meio ambiente. Vamos falar de prevenção e não “combate”

Primeiro precisamos parar de falar de “combate” à obesidade infantil e falar de prevenção. A noção de “combate” pressupõe que a criança obesa de alguma maneira tem uma responsabilidade na situação na qual se encontra. Existe uma estigmatização da criança obesa como sendo preguiçosa e sem nenhuma força de vontade ou disciplina. Isso prejudica muito essas crianças que na realidade estão presas num corpo que se adaptou ao meio ambiente no qual vivem, sem saber o que fazer para mudar a situação. Isso pode até levar essas crianças a sofrer bullying.

Fechar a boca e malhar não funciona

É claro que um mínimo de exercício físico é saudável, mas fazer dieta restritiva (fechar a boca) desregula o cérebro, aumenta o apetite, a obsessão por comer e o comer emocional. Também reduz o metabolismo. O seu cérebro percebendo uma falta de comida, começa a “economizar”. Esses efeitos são ainda mais fortes em crianças que estão em desenvolvimento. Em vez de ajudar a criança com restrições, você estressa o cérebro dela, levando à tristeza, depressão ou mesmo comer escondido, uma das causas da obesidade infantil. O comer escondido não é uma escolha dela, dá muita vergonha e isso é o começo de uma vida de compulsão e relação estragada com a comida, algo difícil de reverter. Hoje sabemos que quase todo transtorno alimentar começa com uma dieta restritiva. Então, basicamente, fazendo dieta a criança entra no caminho de engordar e/ou de desenvolver um transtorno alimentar.
Estudos mostram que adolescentes que fazem dietas aumentam em duas ou três vezes o risco de se tornar obesas quando comparados a outros que não fizeram restrições. Até mais preocupante é o fato do que mostraram um risco de desenvolver um transtorno alimentar aumentado em cinco vezes em caso de dietas restritivas moderadas. Um estudo mostrou que dietas severas (diminuindo calorias ou pulando refeições) aumentam em 18 vezes o risco de desenvolver transtornos alimentares em adolescentes. Na população geral, 95% dos que fazem dieta voltam a engordar em um prazo de 2 anos, muitas vezes para um peso maior ainda. Dos 5% que não engordam, mais do que a metade (3%) têm um transtorno alimentar. Ou seja, é normal fracassar na dieta!

A obesidade infantil é evitável

Apenas alguns casos são geneticamente inevitáveis. A Organização Mundial da Saúde (OMS) é clara sobre isso: a obesidade é evitável, mas é difícil de tratar. Quando estudamos a genética da obesidade vemos que tem mais do que 500 fatores genéticos associados à obesidade. Todos nós temos um pouco de predisposição à obesidade! Quem puxa o gatilho é o seu meio ambiente, estilo de vida, e também o estresse psicológico, medicamentos, desregulamento de hormônios, falta de sono e muito mais. Não é só comer demais e ser preguiçoso!
Tentativas de tratamento com dietas, remédios e cirurgia, não têm dado resultados satisfatórios e têm muitos efeitos secundários. O corpo volta a engordar na maioria das vezes. Porque? Porque a obesidade é uma adaptação do corpo ao seu meio ambiente e quanto mais você agride o seu corpo, mas ele reage engordando!
Hoje está cada vez mais claro e comprovado que devemos enfatizar uma abordagem chamada “mindful eating” ou alimentação consciente. É uma forma compassiva e holística para conseguir-se uma alimentação saudável. Não somente foca nos alimentos que comemos, mas também como comemos e como nosso corpo se sente. Devemos respeitar a fome e prestar atenção à fome e saciedade, conexões emocionais com a comida e os relacionamentos envolvidos em comer. Essa alimentação consciente concentra-se em aspectos positivos e não negativos.

Causas da obesidade infantil – diga não às dietas em crianças

Devemos urgentemente parar de incentivar dietas, é uma questão de saúde pública! Há muitos anos que sou ativista contra dietas restritivas, especialmente em crianças. Fui até chamada na Câmara dos Deputados em outubro de 2013 para participar de um seminário sobre obesidade infantil e meu tema foi “O papel da alimentação no combate a obesidade infantil”. Me coloquei como defensora da criança que é muito mais vítima do que culpada dessa dificuldade do excesso de peso.
Ainda em 2013 fui convidada a fazer um TEDx sobre o assunto e chamei a palestra do “O peso das dietas”. Logo me deparei que não adianta falar sobre crianças se você não muda as crenças dos pais. Finalmente, aceitei uma proposta para escrever um livro “O peso das dietas” para alertar os adultos e desse jeito conseguir ajudar as crianças. Lancei o livro em 2014 e se tornou um best-seller!
Uma notícia sensacional do final de agosto de 2016 foi a decisão da Academia Americana de Pediatria (AAP) de lançar novas diretrizes recomendando a prevenção conjunta da obesidade e de transtornos alimentares em adolescentes. Eles estabelecem de maneira clara que a dieta restritiva é um fator de risco tanto para obesidade, quanto para transtornos alimentares. “O foco deve ser num estilo de vida saudável ao invés de peso” SIM!!
Copio aqui uma tradução das principais recomendações da AAP a pediatras, que são principalmente direcionadas aos pais como agentes de mudança. Pais são incentivados a ser modelos saudáveis, que fornecem acesso fácil a alimentos saudáveis, limitam a disponibilidade de bebidas doces (seja com açúcares naturais ou adoçantes artificias) e oferecem refeições “caseiras” para os filhos. Pais devem ativamente desencorajar dietas. O documento concluiu com diretrizes para a prevenção da obesidade e transtornos alimentares em adolescentes:
  1. Desencorajar dietas, pular refeições ou remédios. Incentivar uma alimentação saudável e atividade física que pode ser mantida no longo prazo. Procurar um estilo de vida e hábitos saudáveis em vez de focar no peso.
  2. Promover uma imagem corporal positiva nos adolescentes. Não encorajar insatisfação com o corpo ou usar essa insatisfação como uma razão para fazer dieta.
  3. Procurar ter mais refeições em família.
  4. Incentivar as famílias a não falar sobre o peso, mas a falar de alimentação saudável e de ser ativo para se manter saudável. Facilitar alimentação saudável e atividade física em casa.
  5. Informar-se sobre uma possível história de bullying e intimidação em adolescentes com sobrepeso e obesidade e abordar a questão em família.
Ninguém sabe melhor do que seu filho o que precisa comer. Ele é dono da sua fome. Não restrinja o seu filho! Respeite a fome do seu filho!
Fonte: https://www.sophiederam.com/br/blog/comportamento-alimentar/causas-obesidade-infantil/
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